sábado, 2 de julho de 2011

Simbioses de mim.

Eu vivo das promessas que fiz para mim mesma.
Dos semblantes de felicidade diante do espelho.
De instantes inconstantes de certeza.
Tão efêmeros. Tão perdidos.
Eu tenho tantos sonhos...
E eles pulsam.
No ritmo descompassado do meu coração.
Tão atentos. Tão sedentos.
Eles brotam no istmo de esperança de que um dia deixarão de ser sonhos.
Serão algo maior.
Serão algo fora de mim.
Minha continuidade.
Prolongamentos do meu ser.
Ainda que tardiamente...
Assim são os meus sonhos e minhas promessas.
São como duas gravidezes sem fim.
Simbioses de mim.
Nos alimentamos sadiamente...
Até a hora de parir.
Ou, talvez, até a hora de partir.

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