quinta-feira, 13 de maio de 2010

Solitude

Falta tudo...
Mas o que é tudo??
Eu ainda não sei.
Mas sei que falta.
Tento atirar-me do precipício.
Mas apenas caio de mim.
Será o bastante??
Movem-se tão rapidamente...
Não consigo enxergá-los.
Não posso vê-los.
Na dúvida...
Fecho meus olhos,
Encolho meus braços.
Abraço minhas pernas.
Ate que volte ao normal.
Um julgamento sujo.
Um guerreiro de braços abertos.
Cabeça erguida.
Fincado numa cruz de fogo e pecados.
Sem misericórdia.
Sem deuses.
Sem poderes.
Expulso de si mesmo.
Para nada oferecer.
Ofereço meu sangue.
Aceite ou morra!
Na sua santa comunhão...
Anjos na esbórnia.
Anjos podres.
Perdoados com censura.
Amordaçados com o perdão.
Elitizados em sua fé imunda.
Não acredito em vocês!
O que mais falta??
Além do teu sorriso tolo,
E da tua íngua branca.
Queimando em febre...
Aonde chegarei??
Foi dedicado a mim,
Um dorso negro,

Uma corrente,
Um sepultamento.
Não aceitarei!
Essa tortura não quebrará.
A minha falta.
Na dúvida...
Fecho meus olhos
E abro meu braços.
Não irão me quebrar com mentiras
Não sinto esse desejo de fé.
Apenas falta algo.
Falta tudo.
Falta eu!
Subo em meu cavalo negro.
Asas cortadas para não voar.
Com minha febre.
Com minha punição.
Adquiridas por não fazer parte dessas mentiras
O alívio!
Atravesso as portas do seu paraíso invisível e doentio
Para viver de mim.
Falta algo...

Edificando

Te tenho.
Se tenho.
Me tenho.
Tenho.
Te quero.
Me entrego.
Me enterro.
Te exponho.
Me escondo.
Me protesto.
Te roubo.
Se louco.
Se fraco.
Me nego.
Não nego pra te aceitar.
Fica.
Mas fica em silêncio.
Fica.
Em construção.
Fica.
Que já estou de partida.

Dilacerando

E corto meus pulsos
Não por amor ao prazer
Mas pela dor do desejo
Me contentando com migalhas
Me protegendo com espinhos
E parto aqui
Não por não querer ficar
Mas para não ter que mentir pra mim
Me segurando forte
Me sufocando a carne fraca
E te sinto agora
Não por não ter te abraçado antes
Mas por que só agora não posso te ter
E contemplo minha alma
Não por ter alcançado a vitória
Mas por não ter desistido da guerra
E grito louca
Não por ter perdido o senso
Mas por ter perdido a liberdade
Me amordaçando a boca
Me amarrando os pés
E apago meus erros da tua memória
Não que eu me sinta culpada
Mas para lembrar-me da minha essência
Me fazendo pura
Me ardendo em segredo
E digo adeus
Não por querer partir
Mas por não achar aqui o meu espaço
Me encontro no vento
Me perco no tempo
Me aqueço
E me esqueço na minha paz

Alter-ego

E teu sopro tocou minha face...
Me vi tua.
Nua.
Sem alicerces.
E tuas mãos tocaram meu corpo.
Não me reconheci.
Custei a acreditar.
Medo.
E teus olhos me engoliram.
Me deixei levar.
Alter-ego ressentido.
Mais nada.

terça-feira, 11 de maio de 2010

E é só.

Eu queria um amor só meu. Desse amores de novela, que basta um olhar no outro uma só vez e já se sabe que ficarão juntos pelo resto da vida. E eu não queria aquelas pessoas más no meu amor. Aquelas que só querem separar e destruir.

Eu queria um amor assim, fluido, denso, mole. Um amor de poucos. Um amor assim, só meu. Sabe o que é? É que eu tenho um amor aqui dentro, guardadinho. Talvez eu precise um dia, pois ele dói mais quando eu não preciso dele. Dentro de mim, eu sei que estou esperando por algo que nunca virá. O que eu quero é simples. Eu quero alguém para mim. Alguém que me escreva e me arranque os sentidos.

Me dizem que eu sou idiota porquê eu digo que o amor é eterno. Mas é verdade! Não acaba jamais, fica ali só remoendo e retorcendo, lembrando e lamentando. Mas não, não acaba. Não morre nunca. Pode até não voltar mais. Mas fica sempre ali, eternamente à espera. Porque ficam escritos no corpo. Em mim. A tua pouca alma, ou o que restou dela.

Eu queria um amor só meu. Daqueles que em só um olhar a gente se apaixona, se entrega, é feliz e morre. Devo ter morrido quando nasci, engasgada naquele choro que todos esperavam, mas que não veio. Nunca veio. É esse amor que eu espero e que não existe.

Mas eu quero. Quero muito e não deixo de querer. Não sei o que, mas também não importa. Eu quero. Me dá um beijo, um queijo, faz um verso para mim, me diz coisas fúteis, diz que me ama e me faz feliz. Ahhh... como eu quero! Quero demais, sempre! Quero alguém que me entenda, me dê paz, diga que me ama, pegue na minha mão e tenha um filho comigo. Tudo se resume a ter um amor só meu. Igual ao das novelas.

Eu escrevo para tornar isso real. Sonhar não adianta. Não mais. Escrevo isso para se tornar mais verdadeiro. Linhas, papel, borrões. Uma vez me disseram que nós temos que dizer sempre a verdade e nunca mentir. Que mentira! Nós precisamos de mentiras! Precisamos, sim. A minha mentira favorita é saber que alguém espera por mim e que o mundo inteiro vai parar só para nós dois termos aquele momento mágico. Ohh, sim! Eu sei que vai.

Cada alma, cada corpo que passou na minha vida... eu menti, inventei para mim mesma a historinha. Eu fingia a cada abraço frio, cada beijo sem cor, nem sabor. Coisas insípidas. Esses não eram amores. Ou poderiam ser categorizados como outro tipo de amor. Aquele que dissipa, que é igual a uma nuvem. Vira nada. Só uma chuva. Uma tempestade dentro de nós.

Pois é... meu amor só meu... quero ele enorme, imenso e infinito. Quero que ele cresça e não deixe espaço para mais nada. Só para mim e mais nada. Quero que eu seja assim no coração dele. Quero crescer intensamente e não deixar espaço nem pro coração, nem para o sangue correr quente. Mas me dizem que isso não é amor, é posse. E amor não é posse, é doação e liberdade. Então o que é? É o meu amor, só meu. É só meu e ninguém tasca!

É esse meu amor-posse-doação-ilusão. Eu estou aqui e sou sua. Agora, só o que me resta é sentar e esperar você. Você. Sempre foi você. E se não for, não será mais ninguém. Minha alma complacente. Me disseram que era mentira. Eu sei que é. É tudo mentira porque é tudo verdade.

Café pequeno

Enquanto eu sento, tomo esse café... frio demais, doce demais.
É... eu fico por aqui entre livros e cafés frios. Burburinhos e chiados. É onde eu me sinto menos só.
De onde eu estou sentada posso ver a vida lá fora. Assim. Assim mesmo como eu faço comigo. Deixo a vida do lado de fora. Atrás do vidro para eu possa ver.
Eu não sei ainda fazer diferente. Não ainda. Mas eu quero. Quero querer as coisas. Eu acordo todos os dias no mesmo lugar. Mas por quê? Me defino como caos. Posso parecer borboleta, mas sou o tufão que ela provoca. Se isso é ruim? Não sei. Há poucas coisas que eu sei. Disso eu sei.
Quanto barulho! Façam silêncio para minha dor!!
Por favor.
Por favor.
Por favor.
Velem a minha dor.
Me façam uma canção de amor.
Uma canção em dó.
Nessa minha incessante busca em ser alguém, eu, timidamente, me supero em ser ninguém.
Preciso mudar de ares.
Uma vodka pura, por favor.

Reconhecimento

Eu me conheci aqui
Te conheci
Conheço você melhor do que você mesmo
Do que a mim mesma
Eu te conheço te desconhecendo
Te antecipando frases desconexas
Eu me conheço em você

Conheço aquela velha historia
Todas elas, na verdade
Eu tenho muitas

Eu conheço teu cheiro sem saber
E você passa
Um dia vai
E eu sei que é você

Eu me reconheço nesse olho fugidio
Você desconhece tudo
Não conhece e não declara

Te conheço me desconhecendo em você
Me desconhecendo em mim mesma
E todo esse nó
Se desfaz no conhecer da alma


Eu sei disso.

Inoperante

Eu escrevo, escrevo, escrevo... e não falo nada!
Nada do que está no papel condiz com o que eu sei, o que eu sinto, ou com o que eu quero dizer.
Então porque continuar?
Porque parar?
Eu não vejo sentidos nas coisas...
Eu vejo tudo diferente e nada mais.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Faz-de-conta

É que eu sorrio.
Finjo ser quem eu sou.
Inóspita e escaldante.
Poucos me enxergam.
Acho que sou de difícil compreensão.
Eu existo pouco.
Bem pouco.
Entro demais em mim pra tentar me entender... eu também não me entendo.
Às vezes eu canso.
É tão difícil fingir ser feliz...

Libido

Minha carne.
Meu sussurro.
Meu suor.
Tudo escuro.
Meu sangue.
Seco, impuro.
Vida ambígua.
Vida sem vida.
Minha rotina.
Eu: minha sina.
Você: meu desejo.
Arrepio, fluido.
Você: meu segredo.
Eu: minha estampa.
Meu ruído.
Minha libido.
Meus suspiros.
Sangue, suor, sussurro.
Nosso doce sangue.
Impuro.

Maldição da Fênix

Enquanto eu renasço das cinzas
Você brota do meu peito
Instantânea e involuntariamente
É um ciclo
Um vai-e-vem no meio de um caos
E eu te arranco.
Eu te rasgo.
Te mordo.
Violento.
Você é como uma esponja.
Brota e me acompanha.
Uma bactéria.
Se apodera de mim e me suga.
Eu fico assim.
Frágil.
Quebro e queimo.
Maldição da fênix.
Eu quero te arrancar de vez de mim.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Toque

Tem algo de fantástico nessa monotonia.
Chega a ser absurdo e desesperador.
Está tudo exatamente como deveria ser. E é, mesmo quando não é.
Aquele brilho, aquela luz... tudo igual.
Tô somando meus medos. Fazendo equações inexistentes.
Toque.
Minha persona precisa disso.
Nada vai mal quando tudo sai bem.
Olho. Pego. Guardo. Amasso. Limpo.
Tudo limpo. Desamasso. Desguardo. Retiro. Largo. Olho.
Ufa! Que alívio!
Ta tudo bem, mesmo quando não está.

A dança

Uma dança.
Uma mente.
Uma serpente.
Sou feita de fogo e fel.
Sou feita de pão e mel.
Faço parte da sua madrugada.
Sou sua insônia.
Não minto.
Sofrer.
Sem certeza.
Você é meu.
Te pertenço.
Como outra, como ninguém.
Doce ilusão.
Amargue e viva sua realidade.
Seus sentidos não são suficientes.
Sou temida.
Pela finitude do teu ser.
Rasgo tuas costas.
E sugo teu sangue.
Corto meus punhos.
Para minar meu veneno.
Como tua carne.
Para alimentar meus instintos.
Descansar e adormecer.

Visceral

Eu não preciso dos teus floreios. Dos teus rodeios.
Gosto das coisas claras.
Mesmo que a verdade seja dura, crua... e me tire o sono.
Não se esconda atrás dessas palavras vãs.
Quero saber das suas lutas, das tuas putas, todas santas e puras.
Quero que você dedilhe em mim a tua cartilha.
Dia e noite.
Noite e dia.
Me prenda nessa armadilha.
Me coma, me doma.
Seja cafona, piegas.
Seja anti-romântico.
Mas não me venha com palavras vãs.
Prefiro não te saber mecânico.
Comigo seja orgânico. Natural, visceral!
Seja espontaneamente meu... enquanto eu ainda quero te fazer minha aventura.

Culpa

Mostre-se como és, e não como tu gostarias que fosses
Teus medos são meus medos, tua fúria é a minha fúria
Meu amor não mais te pertence
Aventurou-se a me perder
E esta culpa é infinitamente tua.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Amor por amor.

O amor por amor, não basta. Ele não basta. Ele é sucinto e seco. Alguém me disse um dia que o amor sozinho não vale nada. São apenas moedas sujas no bolso furado de um esfomeado. E hoje eu estou com os bolsos, o coração e o que quer que seja, assim... transbordando dessas moedas. Moedas que são o amor. Um amor rejeitado e que eu não quero mais.
A gente tem mania de só ver o quer. Só vemos o que nos interessa, o que nos deixa no raso. O amor, por exemplo, não é natural. Só se ama a idéia que se faz de alguém. Não exatamente o alguém. E hoje, nada faz mais sentido do que odiar o que amei. Uma rejeição estúpida.
Esse amor me deixou tão só em mim mesma, que hoje não sei se amo ou amei. Hoje eu só quero uma garrafa de vinho ou vodka e me deitar na grama para ver estrelas cadentes. Às vezes eu tenho vontade de te mandar esquecer os problemas e ficar comigo. Esquecer, não. Enfrenta todos eles, mas fica comigo. Enfrenta tudo e fica comigo. Enfrenta tudo pra ficar comigo.
Não dá certo. Eu te falei que eu tenho tudo o que você precisa, o que você quer. Eu posso te fazer
sofrer, te machucar, mas fica aqui. Comigo. Tenho um grande caos pra te oferecer, a minha vida. Eu estive no seu destino e você me tirou. Renegou o meu amor.
Cheiros, peles e panos... nada mais se encontra aqui dentro. Ou aqui fora.
Eu perdi muito tempo te ouvindo e tentando acreditar em você. Perdi mais tempo ainda tentando ser forte e tentando mostrar pra você que eu realmente era, que eu não estava nem aí. Tudo não passava de uma historia infantil. Fui tola em acreditar em final feliz. Mas tem um não-sei-o-que aqui dentro que me diz que um dia eu fui forte. Só que eu me entreguei. Me desviei
do meu caminho pra entrar no seu destino. Agora eu vou fazer o que gosto, como gosto. O resto vem junto, como conseqüência, ou não.
Eu queria as coisas perfeitas e elas não vieram. Eu queria as coisas como elas quisessem vir e elas me abandonaram. Eu queria um amor complacente, mas ele não existe. Amor é uma pieguice que cansei de acreditar.

O clichê das metades

Eu tenho 2 metades: uma de amor e outra de estranheza.
Elas se ganham e se sobrepõem.
Se perpetuam nesse ímpeto grotesco de dizimar-se uma a outra.
E nessa valsa burlesca parecem que quase tocam o céu.
E se tocam.
Se beijam.
Se proliferam no desejo de ser outrem.
De ser.
Só ser sem ser só.
E praticam o livre-arbítrio de estarem solícitas aos repentes partos de solidão.
Almejam muito mais do que meros sabores e quimeras menores.
As minhas metades sentem a dor abissal de serem apenas duas metades.
Hiperbólicas.
Hipócritas e pobres.
Fingidas. Fingem não se importar, quando, na verdade, se desejam.
Profundo e quente.
Profundamente.
Profundo e mente.
As minhas metades não querem ser só metades.
Às vezes, sim.
Sempre, não.
Elas ainda não decidiram o que vai ser de mim!!!

Confusão

Estou tão cansada dessas coisas mornas, frias, requentadas, regurgitadas, vomitadas, desculpas veladas que não valem as palavras ditas. Já não se pensa mais em mim. Ele já não pensa mais em mim. Doeu escutar isso. Doeu porque eu penso nele a cada instante. Sentir falta dele com parte de mim, a melhor parte de mim. Uma parte que eu realmente amo. Me mataram com palavras. Ele me matou com palavras. E nem ao menos se importou com isso.
Eu faço tudo isso pra esquecer. Beber, cair, fingir que não acredito, levantar e mentir para todos. Para mim. Minto que não lembro. Mentira. Eu lembro. De tudo. Ainda tenho a curiosidade enfadada de saber tudo sobre você, ou quase tudo. Te dizer que eu sou quase sua e pedir para conquistar a parte de mim que ainda não te pertence. É esse quase. Sou eu. Eu já sou sua sem
querer.
Me doei a você. Sem pensar. Talvez agindo certo. Talvez agindo errado. Me entreguei sem saber o porquê, estava procurando por mim em você. Eu queria te beber em litros e me embriagar de
você, enlouquecer de amor. Fiz isso para esquecer minhas máscaras, me atropelei em palavras e me concretizei nas tuas mãos. Ainda hoje perdidas em mim. Ou talvez eu esteja perdida dentro delas. Without you I’m nothing.
O que eu posso fazer por mim, é cuidar de mim. É ser eu mesma, com minhas máscaras e mentiras, meu medos e segredos. Eu sei que um dia tudo termina, sempre termina. O primeiro passo está dado, já começou. Eu quis ser feliz, te fazer feliz. Não consegui. Só consegui momentinhos perdidos no meio de tanta coisa suja. No meio de tanta coisa que eu nem sei o que é. Eu jurei te amar com todas as minhas forças, te amar com o que havia de mais puro em mim. Não sinto que eu consegui.
Eu queria que você me amasse.
E eu te pedia...
Me ama!
Me ama !
Me ama pra sempre...
Eu sobrevivo sempre, mas acho que não sobrevivo sem você. É esse amor filhodaputa que não sai daqui de dentro. Já tentei arrancá-lo com navalhas, mas não adiantou. Só me deixou cicatrizes eternas. Não sei mais nada sobre mim. Perdeu, virou pó. Só sei que tem um vazio aqui dentro que eu não sei bem o que é. Talvez seja eu. Talvez não seja nada. Mas acho que é você.

Vício

Qual vício maior que a paixão? Sentir-se vivo.
Heroína, nicotina, benzina.
Lucy in the Sky with Diamonds.
Desconectar-se da razão.
O verdadeiro elogio à loucura é estar apaixonado.
Saber-se no outro.
Sentir-se embalado na respiração contida e descontínua.
Pulsar nas modulações indiscretas das palavras.
Ter o futuro decifrado pela clarividência egocêntrica de duas crianças.
Ser bicho na indignação.
Ser colo e silêncio na dor.
Corpo, fogo, saturno...
Tudo junto. Misturado.
Borbulhar no acaso complacente.
Inquietação na descoberta de não ser um só.
Uma comédia de incertezas. Todas frágeis em essência.
Moléstia mais cotidiana não há. Pois como bom vício, destrói o corpo, domina o pensamento e envenena a alma.
Ai de mim! Qual o vício maior que a paixão?
Ferozmente reverbero enquanto padeço irrequieta nesse mistério.
Eu sempre digo que os escritores são imortais, porque eles se perpetuam nas palavras com seus sentimentos mais crus. Talvez seja por isso que eu esteja construindo este blog e me desconstruindo para tal. Porque por mais fotos que eu exponha, é escrevendo que eu me sinto incondicionalmente nua. Enfim... quem sabe um dia eu também me torne imortal? =)